quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Fim do ano no refúgio elola
Saímos de Setubal, com uma garrafa de champanhe, verdadeiro, para passarmos o fim do ano num local diferente de preferência acima dos 2000 metros e assim comemorarmos dum modo original este dia.
Fizemos a reserva com alguma antecedência no refúgio e aproveitei para perguntar se tinham aquecimento... responderam-me que sim... e na verdade têm um aquecimento rudimentar só na sala de jantar, que é o unico local onde podemos estar até ás oito da noite. Só a partir dessa hora é que podemos ir ás camaratas... três fiadas de colchões a toda a largura dos quartos, dum lado e do outro só com um pequeno corredor. Perguntei tambem se podíamos tomar banho e se tinham agua quente, pensava eu que era possível chegar lá com se vai á torre na serra da estrela, e o Oscar respondeu que sim que tinham ( mas com alguma ironia) o único problema é que a água gelava nos canos e não chegava ao esquentador....!!! Quando cheguei verifiquei que para ir á casa de banho temos que vir ao patamar de entrada e entramos depois numa porta ao lado e o frio é tanto, chega a estar onze graus negativos, que a ideia de tomar banho nem sequer nos surge.
Houve no entanto outro episódio engraçado, que foi nós chegarmos á plataforma ás cinco horas do dia 30 e pensarmos que o refúgio era logo ali... pensámos até abrir as portas do carro, na noite do fim do ano, e ouvirmos a nossa música... dar dois pés de dança na neve e beber duas taças de champanhe. O problema é que para chegarmos ao refúgio tinhamos que andar cerca de sete kms por cima de neve e gelo e o carro tinha mesmo que ficar por ali.
Resolvemos partir só no dia seguinte pela manhã do dia 31 de dezembro de 2007. Depois de alugarmos uns "crampones" e uns "piolets" partimos então para o desconhecido. Não foi difícil embora o trajecto fosse acentuado com algum desnível, e chegámos depois de cerca de três horas de puro deslumbramento... O dia tinha muito sol que se reflectia na neve e quando chegámos aos barrerones e avistámos o circo de gredos encimados pelo almançor aí sentimos a imensidão da montanha, e o silêncio vestido de branco.
Aí, agradeci poder estar ali não só por ter essa capacidade mas tambem o ter tido essa coragem.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
As catedrais
As montanhas não são estádios, onde satisfazemos a nossa ambição desportiva, mas sim catedrais onde praticamos a nossa religião.
E, no cume olho pela primeira vez para dentro de mim e sinto-me natureza... estou em equilibrio dentro do horizonte que alcanço... sinto o vento fresco como se fosse uma carícia... ouço o coração a bater, pronto a explodir de alegria.
Gredos
Sim, foi aqui que estive em novembro de 2007.
A encher, os pulmões de ar puro... os olhos de horizontes cheios de branco e de rochas, que nos chamam e convidam, a participar naquele espectáculo que é a natureza.
Não tive companhia visível... mas senti que estava bem e capaz de ir ao topo do mundo. Mas não fui... preferi ficar a 2343 metros de altitude num pico chamado "La Mira"
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O meu primeiro pico com mais de 2000metros
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